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Confira os cuidados para não cair em cilada na hora de comprar em sites no exterior

O e-commerce anda em alta, principalmente por conta da pandemia, que fez os hábitos pessoais e de consumo migrarem mais ainda para o mundo virtual: as idas ao supermercado, ao hortifruti e aos restaurantes foram substituídas pelos pedidos on-line.

O e-commerce anda em alta, principalmente por conta da pandemia, que fez os hábitos pessoais e de consumo migrarem mais ainda para o mundo virtual: as idas ao supermercado, ao hortifruti e aos restaurantes foram substituídas pelos pedidos on-line. Compra de roupas, sapatos, utensílios domésticos e itens de decoração passaram a ser feitas por aplicativos que entregam em casa. De olho nesse mercado, sites americanos e chineses oferecem produtos em lojas on-line traduzidas para o português e com preços e fretes mais em conta do que no Brasil.

Os dados fazem parte de uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), que mostra que 65% dos consumidores virtuais estão utilizando o e-commerce “cross border” (ou além da fronteira). Mas será que comprar do exterior é seguro? Que cuidados devemos tomar? A pedido do EXTRA o professor Marcelo Reis, da Fundação Getulio Vargas (FGV), listou dez dicas para ajudar os leitores a não caírem em ciladas (confira abaixo). O especialista ainda faz outro alerta:

— Desconfie de links recebidos por e-mail. Se recebeu uma mensagem e se interessou, vá direto ao portal e faça lá a sua transação. É muito comum e-mails que jogam para portais que não existem — adverte o professor.

O professor acrescenta outras recomendações, como olhar nos sites os comentários de outros consumidores para avaliar se a loja on-line é confiável e utilizar cartão de crédito na modalidade virtual (que permite uma só utilização) para evitar que os dados bancários sejam roubados.

Um ponto da pesquisa que poderia servir de sinal de alerta para os comerciantes virtuais brasileiros é o prazo de entrega: 60% dos entrevistados pagariam mais para receber em menos tempo (máximo de 30 dias).

Vale fazer a encomenda com muita antecedência

Para a carioca Nathara Claro, de 33 anos, que hoje mora em Toronto (Canadá), as compras feitas no site chinês AliExpress resultaram em uma economia e tanto na decoração da festa de casamento, ocorrida em uma pousada em Rio das Ostras, na Região dos Lagos. Os terrários de vidro usados na decoração de iluminação das árvores, por exemplo, custam R$ 30 a unidade, no Brasil. No site, saíram por R$ 5 cada.

Ela conta que tomou algumas precauções, como comprar com antecedência para conferir o tempo de entrega e escolher produtos bem baratos para testar se seriam iguais ao modelo ofertado. Além disso, se a encomenda não chegasse, o prejuízo seria menor.

— É importante checar os comentários de quem comprou nas lojas on-line. As pessoas reclamam, postam fotos, e assim dá pra evitar levar gato por lebre — afirma Nathara: — Eu e Luiz Fernando (o noivo) queríamos algo que fosse a nossa cara, que dissesse algo sobre nós. Por exemplo, nós amamos jogos de tabuleiro. Nas buscas pelos sites, achamos um saco de scrabbles (quadradinhos com letras usados para formar frases) e toalha de juta para as mesas. Ficou perfeito! Colocamos letras soltas na mesa para que os convidados deixassem uma mensagem e foi muito bacana.

No fim das contas, ela não se arrependeu:

— Outros itens foram comprados pelo site chinês, como a coroa de princesa do jogo da Nintendo Super Mario e o chapéu do Luigi. Foram pelo menos dez pedidos pingados, mas valeu a pena.

Presente para a mãe chega seis meses atrasado

Moradora da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, Helena Sousa, de 26 anos, não teve a mesma sorte que Nathara Caro. Ela conta que comprou uma camiseta com dizeres que remetiam ao mês de aniversário da mãe, Marly, mas o produto só chegou meses após a data.

— Entrei no Facebook e vi um anúncio com várias camisetas. Os preços estavam bem atrativos. Escolhi uma em que vinha escrito “Todas as mulheres são especiais, mas as melhores nascem em abril”. A camiseta chegou somente em outubro — reclama a consumidora.

Leninha, como é chamada, disse que tentou contato com a empresa e não obteve resposta alguma. A mãe da moça riu do atraso e disse que, se seguir a data de entrega, fica uns meses mais jovem.

Outro que esperou muito tempo por um produto foi o contador José Diaz, de 53 anos, morador da Lapa. Quando chegou, o item era completamente diferente.

— Queria uma estante com prateleira para colocar os brinquedos e os livros da minha netinha Mônica. Escolhi cor, tamanho, tudo perfeito. Mas quando a caixa chegou... que decepção! O vermelho da foto era cor de mogno. A largura das prateleiras não dava nem para colocar um gibi em pé. Em resumo: tudo era completamente diferente da foto — lamenta o avô,que deu a estante para um conhecido.

Dados da pesquisa

De acordo com o estudo "O consumidor brasileiro e suas compras no e-commerce cross border", da SBVC em parceria com a Opinion Box, as compras em sites internacionais alcançam volumes expressivos: o tíquete médio da última compra em sites ou aplicativos estrangeiros foi de R$ 482, o que representa 7% a mais do tíquete médio do e-commerce brasileiro.

O estudo mostra ainda que as categorias mais compradas em sites internacionais são: eletrônicos (36%), beleza (29%), acessórios femininos (29%) e acessórios para smartphone (29%). O principal site de preferência do consumidor, segundo a pesquisa, é o Shopee (29%), seguido pela Amazon (25%) e pelo AliExpress (18%).

O prazo de entrega foi citado pelos entrevistados: 87% receberam na data certa, 85% aceitam esperar até 45 dias, e 60% pagariam mais para receber em menos tempo (máximo 30 dias).

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