O BCE (Banco Central Europeu) manteve os custos dos empréstimos inalterados nesta quinta-feira (11) e elevou sua previsão de crescimento para este ano, com base em uma economia mais resiliente.
O BCE manteve a taxa que paga sobre os depósitos bancários em 2% pela segunda reunião consecutiva, após reduzi-la pela metade no período de um ano, uma vez que a inflação caiu em direção à sua meta de 2%.
O banco central dos 20 países que compartilham o euro se absteve de fornecer qualquer indicação sobre a trajetória futura das taxas de juros.
"O Conselho do BCE... seguirá uma abordagem dependente de dados e de reunião a reunião para determinar a postura apropriada da política monetária", disse o BCE em um comunicado à imprensa.
Além das tarifas comerciais anunciadas pelos Estados Unidos, o BCE precisa contar com o enfraquecimento do mercado de trabalho nos EUA – o maior cliente das empresas da zona do euro – e com os problemas políticos e de dívida na França, sua segunda maior economia.
Membros do Conselho do BCE disseram à Reuters, antes da reunião, que as conversas sobre um novo corte nas taxas provavelmente serão retomadas no outono do Hemisfério Norte, se as tarifas de importação dos EUA afetarem o crescimento da zona do euro.
Espera-se que o plano da Alemanha para mais gastos com defesa impulsionasse a inflação e o crescimento mais tarde.
Com a decisão desta quinta, o BCE também deixou inalteradas as taxas que os bancos pagam para tomar empréstimos em seus leilões semanais e diários, em 2,15% e 2,40%, respectivamente.